I
São duas
rosas
unidas,
São duas
flores
nascidas
Talvez no
mesmo
arrebol.
Vivendo no
mesmo galho,
Da mesma
gota de
orvalho,
Do mesmo
raio de sol.
II
Vivendo...
bem como as
penas
Das duas
asas
pequenas
De um
passarinho
no céu.
Como um
casal de
rolinhas
como a tribo
de
andorinhas
Da tarde no
frouxo véu. |
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III
Vivendo, bem
como os
prantos
Que em
parelhas
descem
tantos
Das
profundezas
do olhar.
Como o
suspiro e o
desgosto,
Como as
covinhas do
rosto,
Como as
estrelas do
mar.
IV
Vivendo...
ai, quem
pudera,
Numa eterna
primavera,
Viver qual
vive esta
flor.
Juntar as
rosas da
vida
Na rama
verde e
florida,
Na verde
rama do
amor.
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