Meu
Céu sem Você
(Oriza Martins)
De repente... de repente...
Tudo ficou diferente...
No meu céu interior,
Onde reinavas, amor,
Faltam astros a luzir.
Meus dias não têm mais sol,
Sem ti, meu doce farol,
Vivo triste a me punir...
Pois partiste... e no entanto,
Pra meu desgosto e pranto,
Fui eu quem te dispensei.
Por orgulho, arrogância,
Hoje vivo à distância,
De ti - que sempre amarei.
Dando ouvidos a estranhos,
Cometi erros tamanhos
Que magoei teu coração.
Mas sei de tua nobreza,
Que cultivas, com certeza,
O sacro dom do perdão.
Perdoa, perdoa, amor meu,
Quem a falha cometeu
E vive agora em desterro.
Que de tanto lamentar,
E tua ausência chorar,
Já pagou por esse erro.
À noite, em solidão,
Me transborda a emoção,
Ao soar o telefone.
Porém é sempre engano.
E, por causa de meu dano,
Retorno ao leito, insone.
Quero que voltes, amor!
Vou redimir essa dor,
Emergir desta saudade.
E cultivando alegrias,
Embasaremos os dias
Em amor e lealdade.
Vem tirar-me deste léu,
Reanimar o meu céu,
Nas noites enluaradas,
Curtir estrelas cadentes,
Sentir as brisas silentes
De amorosas madrugadas.