Você
está ouvindo a valsa BRANCA, de Zequinha de Abreu [midi]
 
José
Gomes de Abreu, o Zequinha de Abreu, nasceu em Santa Rita
do Passa-Quatro (SP) a 19 de setembro de 1880 e faleceu na cidade de São
Paulo em 22 de janeiro de 1935, vítima de ataque cardíaco.
Zequinha de Abreu foi um verdadeiro gênio da canção
popular, destacando-se principalmente como compositor de valsas, embora
também tenha criado chorinhos célebres, como o antológico
Tico-tico
no Fubá. Possuía uma incrível facilidade para
compor músicas, frutos de sua extrema sensibilidade, excepcional
talento e afável personalidade.
Desde muito cedo mostrou inclinação para a música,
a ponto de já tocar flauta aos 6 anos e, aos 8 anos, fazer
parte de uma banda. Iniciou seus estudos no Colégio São Luiz,
de Itu, passando posteriormente a ter aulas no Seminário Episcopal
(atual Arquidiocesano), onde concluiu o curso colegial. Nessa escolas,
teve aulas de piano com professores secundários, de modo que seu
aperfeiçoamento foi fruto, principalmente, da vocação
e do esforço pessoal.
Voltando a residir em sua terra-natal, abriu uma farmácia, fechou,
empregou-se como funcionário público, mas logo retomou as
atividades artísticas, regendo a orquestra que animava os bailes
da cidade e os filmes mudos do cinema Smart. Em 1919, transferiu-se definitivamente
para São Paulo. Trabalhou como pianista profissional contratado
para tocar na Casa da Música dos Irmãos Vitale, editores
de suas melodias. Apresentava-se também nos cabarés da Avenida
São João e em saraus de famílias abastadas.
Faleceu subitamente na noite de 22 de janeiro de 1935, deixando viúva
D. Durvalina Brasil de Abreu e oito filhos, órfãos de pai,
como órfãos ficamos todos nós, brasileiros, de sua
encantadora presença. Felizmente, sempre poderemos nos deliciar
com suas composições, doces e eternas.
Citam-se, entre inúmeros clássicos de sua autoria: os chorinhosTico-tico
no Fubá, Os Pintinhos no Terreiro, Não me Toques, Levanta
Poeira; as valsas Rosa Desfolhada, Longe dos Olhos, Último
Beijo, Branca, Aurora, Amando Sobre o Mar, Tardes em Lindóia, Morrer
sem Ter Amado, Só pelo Amor Vale a Vida.
Fontes: Jornal de Piracicaba - 02/03/1990
- por Manoel Lopes Alarcon . Texto de apresentação do CD
“Evocação I - Zequinha de Abreu interpretado por Jacques
Klein e Ezequiel Moreira”. "A Canção no Tempo ", por Jairo
Severiano e Zuza Homem de Melo -Ed.34. |
 
.
Você está ouvindo
a valsa BRANCA, de Zequinha de Abreu [midi]
|